Pesquisar este blog

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

entropia.


moto-contínuo


Foram mais ou menos dez minutos. A traça voava e rodopiava na sombra, sem deixar o quarto escuro.


Imaginava se o inseto não gostava da luz. Se havia uma barreira invisível no limiar da porta. Se meu olhar curioso era o que a impedia de passar à luz.

Levantei-me, enrolei o jornal recebido naquela madrugada e mandei a pobre criatura de corpo e alma para o reino do amanhã. Não encontrei traços dela nem na parede, nem no jornal e nem no chão.

Sentei-me com a dúvida. A traça estava lá, ou eu a teria imaginado? Eu me levantei, ou apenas sonhei? Estava vivo, ou já não era mais?

Não sei quanto tempo se passou, mas fiquei outra vez intrigado com uma traça que hesitava em sair da escuridão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário